Frase da Semana

"Geralmente aqueles que sabem pouco falam muito e aqueles que sabem muito falam pouco."

quarta-feira, 20 de junho de 2012

3 Emoções que você nunca soube que tinha

O site solucaocultura.blogspot.com.br listou as 3 emoções que ninguém sabia que tinha.




Elevação
Em meio à turbulência econômica do ano passado, o discurso de posse do Presidente Barack Obama foi forte e inspirador. Milhões de eleitores, absorvendo cada uma de suas palavras, tinham lágrimas nos olhos, uma sensação de formigamento na parte de trás do pescoço e uma sensação quente no peito como se ali estivesse uma abertura para permitir que o amor e a esperança jorrassem. Este sentimento é o que Jonathan Haidt, da Universidade da Virgínia, chama de elevação.
O pesquisador acredita ter encontrado os traços da elevação na liberação de oxitocina, que gera sensações de acolhimento e calma. É esse hormônio que ativa o nervo vago e estimula os músculos da garganta e do pescoço - o que explicaria as sensações dos eleitores de Obama. A oxitocina já foi apontada em várias pesquisas como estando ligada a sentimentos nobres - veja, por exemplo, a reportagem Nascidos para o amor: teoria defende a sobrevivência do mais bondoso. É também a oxitocina que faz as mães liberarem o leite que amamenta seus filhos.
Em seus experimentos, Haidt identificou a liberação de um maior volume de oxitocina em mães que, ao amamentar, assistiam programas de TV inspiradores, e menos naquelas que assistiam programas sem sentido emocional. Assim, a elevação tem tanto um componente fisiológico quanto um componente motivacional. No entanto, ao contrário dos Seis Grandes emoções, ela não tem uma expressão facial característica evidente, o que pode explicar por que ela saiu dos radares da pesquisa científica há muito tempo. "Se você observar o contexto, você pode ser capaz de detectar um ligeiro abrandamento das expressões," diz Haidt. "Às vezes, as sobrancelhas são levantadas como se a pessoa estivesse triste."
A elevação também é relativamente rara. Geralmente as pessoas a experimentam menos de uma vez por semana, embora existam grandes diferenças individuais. Contudo, sempre que ela surge, está envolvida com coisas altamente significativas. "Se você pedir às pessoas que relembrem as melhores experiências de toda a sua vida, os momentos de elevação provavelmente estarão entre os cinco primeiros", diz Haidt. Mais do que isso, se pudermos domar a elevação e aproveitá-la para construir a confiança mútua, isto poderia ter relevância especial no mundo moderno para reforçar ou reparar relações interpessoais. Haidt vislumbra um tempo, por exemplo, quando os terapeutas conjugais poderão tentar induzir a elevação a fim de aumentar a eficácia das sessões de aconselhamento de casais.





Interesse 
Sua cabeça inclina-se levemente para um lado, sua fala se acelera e os músculos em sua testa e em torno dos seus olhos se contraem conforme você se vê absorvido em aprender uma música nova, entender a termodinâmica do Universo ou talvez simplesmente revisar sua coleção de selos. O interesse pode ser mais difícil de detectar do que o medo ou a alegria, mas ele de fato possui uma das marcas fundamentais de uma emoção básica - a sua própria expressão facial. Desde 1960, quando Paul Ekman fez os trabalhos pioneiros neste campo, os psicólogos têm procurado por expressões faciais universais para ajudar a medir e classificar as emoções. O interesse também parece ter um propósito. 


O psicólogo Paul Silvia, da Universidade de Carolina do Norte, acredita que ele motiva as pessoas a aprender - não por dinheiro, não para uma prova, mas para seu próprio bem, para aumentar os seus conhecimentos apenas porque eles desejam esse conhecimento. Isto poderia explicar porque o interesse encontrou seu próprio espaço no mundo moderno. Ele pode ser visto como um contrapeso para o medo e a ansiedade que envolvem os eventos com os quais não estamos familiarizados. Sem o interesse poderíamos nos afastar das coisas novas ou complicadas porque elas tendem a nos deixar nervosos. "Isso faz sentido se pensarmos em termos de história evolutiva, quando as situações desconhecidas podem muitas vezes serem perigosas," diz Paul. "


Mas, no mundo moderno, isto seria desastroso porque não poderíamos prosperar intelectualmente". Outro argumento forte para elevar o status do interesse como emoção básica é que ele pode dar errado. Um critério que alguns psicólogos usam para definir uma emoção básica é que ela deve ter aberrações ou patologias associadas. O medo excessivo, por exemplo, gera o pânico ou a ansiedade crônica. Da mesma forma, interesse demais resulta em comportamentos compulsivos, repetitivos e extenuantes. Assim, como o interesse entra na liga das emoções? Como criaturas naturalmente curiosas, nós o experimentamos diariamente e dedicamos um bocado de tempo e inteligência com as coisas que nos interessam. Apenas isso já seria suficiente para torná-lo um "Big". 


Mas o poder real do interesse, de acordo com Paul, reside na sua capacidade de nos manter engajados em nossas vidas frenéticas, em vez de deixar-nos dominar pela sobrecarga de informações. Esta também é uma razão para tentar compreender o que estimula o interesse. "Temos de encontrar formas de ajudar as pessoas a aprenderem, para evitar que elas se tornem ansiosas e se deem bem frente a essa quantidade monstruosa de informação", diz ele. 


Confusão 
A confusão é difícil de descrever. É um sentimento que todos já experimentamos, seja em um teatro, numa galeria de arte ou vagando meio perdido em uma cidade desconhecida. Dacher Keltner, da Universidade da Califórnia, sugere que confusão é a "sensação de que o ambiente está dando informações insuficientes ou contraditórias". Mas seria a confusão realmente uma emoção? Para alguns psicólogos, a ideia é escandalosa. 

No entanto, Paul Silvia acha que a confusão deve ser entendida como uma emoção básica simplesmente porque ela é tão fácil de detectar. As sobrancelhas franzem, os olhos semicerram-se, os lábios se apertam - você reconhece a confusão quando a vê. De fato, um estudo descobriu que esta é a segunda expressão mais reconhecível no dia a dia, sendo superada apenas pela alegria. Mas para o que serve a confusão? É uma emoção baseada no conhecimento, na mesma "família" do interesse e da surpresa, diz Paul. 

Ele acredita que a confusão é a maneira do nosso cérebro nos dizer que a forma como estamos encarando as coisas não está funcionando, que o nosso modelo mental do mundo é falho ou inadequado. Algumas vezes isso nos fará bater em retirada, mas também pode nos motivar a mudar a nossa atenção ou mudar a nossa estratégia de aprendizagem, diz ele. 

Uma ideia relacionada é que uma expressão facial de confusão emite um alerta para que outras pessoas possam ajudar a pessoa confusa. Se for assim, a confusão serve para trazer novos conhecimentos e incentivar as relações sociais, tornando-a, talvez, a emoção perfeita para o século 

0 comentários:

Postar um comentário

Links em outros blogs